Porque a fotografia é perene...
Porque um "retrato" vale mais que mil palavras...
Este espaço faz-se da cor do tempo, da luz das gentes e do brilho dos lugares...

sábado, 29 de novembro de 2008

Lembram-se de vos falar nos batelões de madeira de cor cinza dos embarques de gado, ora cá está uma foto com um deles.







O que é que está ao fundo desta foto o que é? O Posto Meteorológico... pois é, a foto da baía é datada em 1988, ainda cá não haviam desembarcado certos "piratas", mal sabia o Príncipe Alberto de Mónaco as mentes "depressionárias" que por aí viriam.



quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"Histórinhas"... a propósito do Ensino!!!

"No meu tempo", o ensino na ilha terminava com o 9º ano de escolaridade, quem tivesse aproveitamento e ansiasse por mais tinha que inevitavelmente deixar a família para trás e lançar-se à aventura.
Muitos foram os filhos desta terra que terminadas as soluções de ensino, foram obrigados a fazer as malas e deslocar-se para outras ilhas, alguns para a Ilha Terceira, bastantes para a Ilha do Faial e muitos para a Ilha de São Miguel.
Para trás ficava a família, os pais e o conforto do lar, na maior parte dos casos partia-se de idade menor, por norma com 15 e 16 anos.
Como se não bastasse o desconforto de se ter de conhecer novas gentes e lugares, nova morada, muitas vezes partilhava-se o quarto com desconhecidos e ainda por cima pagava-se!!! Muito!!!
Houve muitos pais nesta ilha que para verem os filhos seguir estudos gastaram centenas, milhares de contos (na altura), já para não falar naqueles que ainda iam mais longe, normalmente para o continente prosseguir os estudos universitários.
Fosse como fosse, só para tirar o secundário iam-se milhares em propinas, livros, cama, comida e transportes.
Tenho a certeza que houve quem tira-se da boca para poder mandar os filhos estudar.
Claro que houve também aqueles que com maiores carências, mas que sem "bolsas de estudo" se viram obrigados a arranjar uma profissão que lhes permitisse continuar trabalhando e estudando, vi e convivi com pessoas nestas condições, que com o seu trabalho pagavam o que o estado não lhes ofereceu, muitos deles conseguindo a proeza de nos devidos três anos completar o ensino secundário independentemente da carga horária a que eram sujeitos.
Vi os que desistiram incapazes de em tenra idade vencer o isolamento e a dureza da situação, e não tem nada de que se envergonhem, a vida era mesmo dura!
Chegamos ao parágrafo da questão: porquê este assunto? Simples a resposta...
Já me tinha deparado com muitas formas (a maior parte delas erradas) de combater o índice de analfabetismo do país.
A maior aberração aparece recentemente sob o nome "Exame de equivalência ao 12º ano" que é mais ou menos como quem diz passa-me ai um "papelito" que eu não tive, nem tenho paciência de estudar.
Na realidade confesso que quem veja as notícias sobre "a corrida" ao certificado a coisa aparece bem apresentada, tudo parece ser muito laborioso e muito criterioso, um método de selecção e aprovação rigorosíssimo, só que depois todos sabemos bem como acabam sendo feitas as coisas.
E com tamanha disfarçatez pode ler-se numa entrevista de sua Exa. a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues afirmando que "esta é uma nova oportunidade para os adultos que não tiveram oportunidade de se qualificar no seu tempo e que acumularam experiências e competências e para os adultos mais jovens para quem a escola terá sido uma decepção".
Esta senhora tem a obrigação de saber que muitos dos adultos que não tiveram oportunidade de se qualificar no seu tempo, foi porque infelizmente fizeram parte de uma geração que nasceu e cresceu sob o “(des)governo” que transformou o acto de estudar num privilégio dos ricos.
Mas tal facto não impediu que muitas dessas pessoas colocassem mãos ao trabalho, dando hoje o seu válido contributo, descontando para o sustento duma sociedade subsidio-dependente e com falta de "reinserção social" que temos.
São hoje trabalhadores com um "T" grande, que só ao custo de muito trabalho acumularam experiências e competências, hoje trabalham para poder pagar as pesadas contas e impostos que o estado lhes impõe, será que irão aos "Centros de Reconhecimento Aprovados" tratar da "papelada" para o "Exame de equivalência ao 12º ano"?, tenho dúvidas.
Mas a parte que realmente me "agasta" é, e recito "os adultos mais jovens para quem a escola terá sido uma decepção".
HAJA RESPEITO!!!!
HAJA RESPEITO pelos filhos desta e doutras terras que tiveram de se esforçar durante o período que lhes foi exigido pelo GOVERNO de então para que adquirissem um diploma de pleno direito.
HAJA RESPEITO pelos pais que no caso concreto desta ilha pagaram e ainda pagam do seu bolso os estudos dos filhos, honrem o esforço daqueles que tiraram á sua boca para que os filhos um dia pudessem estudar e adquirir conhecimentos REAIS e EFECTIVOS para ajudar a "empurrar” este país.
HAJA RESPEITO pelos que não podendo ou querendo estudar mais, entraram no mercado de trabalho e vingaram sem necessitar de um diploma na mão.

DECEPÇÂO é haver quem ache que deve ou pode a qualquer custo elevar o índice de escolaridade deste rectângulo e adjacentes.
Mesmo que isso implique o desrespeito pelo esforço de alguns dos seus cidadãos.
Mesmo que isso implique colocar injustamente em pé de igualdade cidadãos com capacidades e conhecimentos diferentes.

Se estas são efectivamente as melhores medidas "paridas" pela brilhante máquina estatal, admirem-se que qualquer dia se ofereça diplomas de engenharia aos fins-de-semana.

domingo, 23 de novembro de 2008

"Remendinhos no Reino da Amizade"


A não perder por miúdos e graúdos, o novo trabalho do Grupo de Teatro "A Jangada", em exibição no auditório do Grupo Desportivo Os Minhocas, dias 23,24,25,26 de Novembro ás 15h30.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Se bem me Lembro" - Portos de Santa Cruz

Ainda á poucos post atrás falava no porto das poças e dos embarques de gado, efectivamente estes são os portos que tínhamos umas décadas atrás (mais ano menos ano). Foram estes portos que viram chegar e partir muitos veleiros, era por estes e nestes que se varava os barcos de pesca de "boca aberta" (modelo hoje praticamente extinto, como extinta está também a pesca de métodos artesanais).
Ainda me lembro de os ver chegar "carregados" de peixe, especialmente as "barcadas" de "Bonitos" e em cima do cais a venda era feita directamente do pescador para o consumidor. Mas esses eram os tempos em que ainda se comia nas Flores, o peixe que era apanhado nas Flores.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Só visto...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008